quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

lista de desejos...

No final do ano inúmeras listas surgem com diversos tipos de propósitos e dicas para melhorar a qualidade de vida. Fiz minha lista e reparto com você:

• Sonhe. Nossos sonhos são nossas armas. A vida precisa de uma pitada de coisas impossíveis, elas podem servir como combustível e nos impulsionar a buscar outras possibilidades.

• Chore. Abaixo com o decreto da alegria absoluta. Abra a Bíblia e ch...ore com os Salmistas.

• Faça promessas legais, por exemplo: Prometo que vou viajar. Prometo que sexta-feira irei ao cinema. Prometo dormir até tarde. Porque nossas promessas sempre têm que ser acompanhadas de dor?

• Leia a Bíblia, mas não entre em guerra com ela. Leia a Bíblia, mas não seja literal, não temos mãos e olhos suficientes para serem arrancados... Vá com calma, não é preciso aprender novas verdades todos os dias, quem sabe para onde vai não tem pressa. Não se preocupe em decorar, prefira absorver os valores e conectá-los com a vida. Não leia a Bíblia em um ano, leia durante todos os seus anos.

• Cuide de seus amigos. Não deixe para sábado um jantar que pode ser feito na segunda-feira.

• Expresse seus sentimentos. Chore de saudade, conte piadas mesmo que seja sem graça. Grite. Ande sem relógio e descalço.

• Corra. Amarre o tênis e respire fundo. Correr abre gavetas da alma, conversamos com nosso coração e enquanto as pernas trabalham a alma experimenta sensações antes ocultas.

• Não assista programas religiosos, se quiser rir opte pelo CQC, se quiser ouvir Deus, converse com uma criança.

• Viva com intensidade, só não sei o que isso significa. Perguntaram ao Rubem Alves: “Você tem medo de morrer?” ele respondeu: “Não, tenho pena!”. A vida é boa demais, presente de Deus, aproveite, só tem uma.

• Desconfie de pacotes com sugestões, ou seja, não me leve a sério, crie sua lista e desconfie.
 
Villy Fomim

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Preciso saber

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já acabaram.
As coisas passam, e o melhor a fazer é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."

(Fernando Pessoa)

A única coisa permanente em nossas vidas, são as mudanças.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Engraçado, como são as coisas...
Hoje por acaso resolvi dá uma olhada no blog e rever os primeiros posts...
não me reconheci, estranho!?!
Agora sim posso dizer que sou livre... estou em casa numa boa, sem peso, sem condenação....  obrigada Senhor!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Por Arnaldo Jabor.

É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada.

Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.

Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?

Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!
 
Achei tão bacana esse texto do Jabor, ele me define isso não é incrível rsrs...

A Voz Do Silêncio

Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
 É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada,
não há recados na secretária eletrônica,
e mesmo assim, você entende a mensagem.


Martha Medeiros
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo.

Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo.

O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.

(trecho de O Divã)
Martha Medeiros

concordo plenamente com ela...

VOCÊ É...

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.


Martha Medeiros

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nessa minha vida...

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso, deixei de fazer outras e me arrependi
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei prá proteger, já dei risada quando não podia,
e também chorei quando não devia,

fiz amigos eternos, e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei,
quis beijar e não beijei. 

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e também quebrei a cara algumas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo simplesmente pela vida.
Vivo intesamente meus dias,

 e sou feliz assim desse meu jeito...alegre, bruto, louco, vou levando a vida...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Verdades do Eclesiastes

Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol?
Durante toda a sua vida, seu trabalho não passa de dor e tristeza; mesmo à noite a sua mente não descansa. Isso também é absurdo.
Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus.

E quem aproveitou melhor as comidas e os prazeres do que eu?
Ao homem que o agrada, Deus recompensa com sabedoria, conhecimento e felicidade. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada.
Isso também é inútil, é correr atrás do vento.
Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:

tempo de nascer e tempo de morrer,
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou,
tempo de matar e tempo de curar,
tempo de derrubar e tempo de construir,
tempo de chorar e tempo de rir,                                             
tempo de prantear e tempo de dançar,
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las,                      
tempo de abraçar e tempo de se conter,
tempo de procurar e tempo de desistir,                                    
tempo de guardar e tempo de lançar fora,
tempo de rasgar e tempo de costurar,                                        
tempo de calar e tempo de falar,
tempo de amar e tempo de odiar,                                                
tempo de lutar e tempo de viver em paz.

O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço?
Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens.
Ele fez tudo apropriado a seu tempo.
Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.
Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho, é um presente de Deus.

Ec 2:22,26 e 3:1,13

sexta-feira, 15 de julho de 2011


"Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós."


Martha Medeiros

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.

Clarice Lispector

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Abraço de Judas

Todo presidiário tem dez minutinhos de sol, um recreio para banhar o rosto com a luminosidade da manhã.

Já quem é livre talvez passe 24h longe de um pátio, desprovido de um mísero contato com a luz do dia. Talvez não abra a janela, sequer levante as persianas, para espiar o azul do horizonte e criticar a temperatura dos relógios da rua.

Quem é livre age com culpa. Encarna-se na profissão como um condenado, debruçado a atender os múltiplos sinais do celular, laptop, iPad, televisão.

Sempre encontra um tempo para adiantar uma tarefa, mesmo que seja necessário abdicar do almoço, mas nunca abre frestas para se sentir no mundo.

Suas frases mais comuns são que não tem escolha; precisa se sustentar; há muito a fazer.

Aparentemente solto, está confinado na solitária do seu trabalho — e não percebe o valor de respirar a cerração, espirrar quando surge um vento mais gelado e descascar tangerinas no meio-fio solar, fugindo do lado das sombras.

Esquece que o centro tem praças, que as praças têm bancos, que nos bancos caem máscaras de oxigênio das árvores.

Esquece o livre-arbítrio, envolvido na onipotência de desdenhar da vida.

Se fossemos samambaias, estaríamos mortos. Secos. Murchos. Somos vasos e demoramos a rachar. A longevidade não é saúde.

Até abraçar desaprendemos. Ninguém mais abraça com vontade. Com sinceridade de velório.

Odeio abraço falso, como aquele beijo de frígida, no qual a face bate na face e os lábios se transformam em beiço.

Abraço tem que ter pegada, jeito, curva. Aperto suave, que pode virar colo. Alento tenso, que pode virar despedida.

É pelo abraço que testo o caráter do outro. Não confio em quem logo dá tapinhas nas costas. A rapidez dos toques indica a maldade da criatura.

Não sou porta para bater. Nem madeira para espantar azar.

Abraço com toquinho é hipócrita. É abraço de Judas. De traidor. O sujeito mal encosta a pele e quer se afastar. Pede espaço porque não suporta os pecados dos pensamentos.

Devemos fechar os olhos no abraço, respirar a roupa do abraçado, descobrir o perfume e a demora no banho.

Abraço não pode ser rápido senão é empurrão. Requer cruzamento dos braços e uma demora do rosto no linho.

Abraço é para atravessar o nosso corpo. Ir para a margem oposta. Nadar para ilha e subir ao topo da pedra pela gratidão de sopro.

Sou adepto a inventar abraços. Criar abraços. Inaugurar abraços. Realizar um dicionário de abraços. Um idioma de abraços.

O meu é o de cadeira de balanço. Giro nas pontas dos pés. Não largo, os primeiros minutos são para sufocar, os demais servem para o enlaçado se recuperar do susto.

Não entendo onde terminará o abraço. Se a pessoa vai chorar ou vai rir. Abraço é confissão.

Dez minutinhos de sol e de liberdade.


Crônica publicada no site Vida Breve
Fonte: http://www.vidabreve.com/author/fabriciocarpinejar

Achei incrível esse texto, é muito real tudo isso!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diminuindo o passo

Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, também chamada de Paraolimpíadas, nove participantes, todos com deficiência mental ou física alinharam-se para a largada da corrida dos cem metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, exceto um garoto, que tropeçou no piso, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Viram o garoto no chão, pararam e voltaram. Todos eles! Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: "pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores abraçaram-se e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou-se e não tinha um único par de olhos secos. E os aplausos duraram longos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, repetem essa história até hoje.

Por quê?

Porque lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencerem também, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso. Que cada um de nós possa ser capaz de diminuir o passo ou mudar o curso para ajudar alguém que em algum momento de sua vida tropeçou e precisa de ajuda para continuar..."

É isso aí...

Mãos

Há mãos que sustentam e mãos que abalam, mãos que limitam e mãos que ampliam. Mãos que se abrem e mãos que se fecham.

Há mãos que afagam e mãos que agridem... Mãos que ferem e mãos que cuidam das feridas. Mãos que destroem e mãos que edificam. Mãos que são temidas e mãos que são desejadas e queridas. Mãos que dão com arrogância e mãos que se escondem ao dar. Mãos que escandalizam e mãos que apagam escândalos. Mãos puras e mãos que carregam censuras.

Há mãos que escrevem para promover e mãos que escrevem para ferir. Mãos que pesam e mãos que aliviam. Mãos que operam e mãos que curam.

Há também mãos que “amarguram”...

Há mãos que se apertam por amizade e mãos que empurram por ódio. Mãos finas que provam dor e mãos rudes que espalham amor.

Há mãos que se levantam pela verdade e mãos que encarnam a falsidade.

Há mãos que oram e imploram e mãos que devoram.

Há mãos que educam e mãos que se acomodam. Mãos que orientam e mãos que confundem. Mãos que ensinam a segurança do ir e vir e mãos que se omitem sendo responsáveis pelos acidentes e mortes.

É A MENTE TRANSFORMADA QUE DIRIGE A MÃO SANTIFICADA, DELICADA. E a mente agradecida que transforma as mãos em instrumentos de graça.

Mãos que se levantam para abençoar, mãos que baixam para levantar o caído, mãos que se estendem para amparar o cansado, mãos que se unem para salvar vidas. São como as mãos de DEUS , que criam, que guiam, que salvam, que nunca faltam.

Existem mãos... e mãos... As tuas quais são? Para que são?

Fonte: http://www.fiemg.com.br/ead/pne/textos.htm

quinta-feira, 17 de março de 2011

O que será

O que será que será, que andam suspirando pelas alcovas?
Que andam sussurrando em versos e trovas?
Que andam combinando no breu das tocas?
Que anda nas cabeças?
Anda nas bocas?
Que andam acendendo velas nos becos?
Estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza, está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza nem nunca terá!
O que não tem concerto nem nunca terá!
O que não tem tamanho...
O que será? Que Será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Está na romaria dos mutilados
Está nas fantasias dos infelizes
Está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos
Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá!
O que não tem censura nem nunca terá!
O que não faz sentido...
O que será? Que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar!
O que não tem governo nem nunca terá!
O que não tem vergonha nem nunca terá!
O que não tem juízo...

[Chico Buarque]

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.


Pablo Neruda

quarta-feira, 9 de março de 2011


Eis-me aqui, outra vez
Diante de ti abro o meu coração
Meu clamor, tu escutas
E fazes cair as barreiras em mim
És fiel Senhor, e dizes
Palavras de amor e esperanças sem fim
Ao sentir teu toque
Por tua bondade libertas meu ser
No calor deste lugar,
Eu venho me derramar dizer que te amo
Me derramar dizer te preciso,
Me derramar dizer que sou grato
Me derramar dizer que és formoso...
A primeira vez que ouvi essa canção foi na Betesda, eu tremi...

sábado, 5 de março de 2011

A Glória de Deus é compartilhar

A Glória de Deus é compartilhar
É dividir, é repartir, multiplicar
É ver a sua abundante Graça
Agir onde havia desgraça
O riso de Deus é a comunhão
Eu e você querendo ser um coração
É ver a mão da gente estendida
Ver a nossa vida gerando,
Gerando mais vida.

Mas a lágrima dos olhos de Deus
É ver os que dizem ser seus
Vivendo prá si, morrendo prá si
Mesmo assim achando-se
Filhos de Deus
Não era prá ser assim
Não era o que Deus planejou...
Mas ver a nossa vida gerando,
Ver a nossa vida frutificando
Ver a nossa vida gerando,
Gerando mais vida

Letra e Música de Gerson Borges

sexta-feira, 4 de março de 2011

Eta menina faminta de vida!

Entrou o mês de março. Estarei dentro de poucos dias fazendo aniversário.
É interessante, como nessa época, me olho mais, me analiso, revejo minha vida meus valores, mas sempre caio na mesma cilada: comprar cosméticos para deixar lá na gaveta e colocar fora ano que vem. Sou muito preguiçosa para esses rituais.
Enquanto isso, cada ruguinha está lá no mesmo lugar, acrescida de outras tantas. Como se multiplicam essas danadas...Sem contar com o rosto amassado e caído que a gente fica.

Procuro eu em mim nos meus olhos, (deixando os arredores, as rugas e inchaços, “bolsas e acessórios” ) lá, bem no fundo, na menina do olho, ainda olho a menina se deixando viver.
Eta menina faminta de vida! Que bom me encontrar...

Parâmetro

Deus é mais belo que eu.
E não é jovem.
Isso, sim, é consolo.


Adélia Prado
 
Obs: no texto original o mês é agosto, adaptado para março mês de meu aniversário

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Eu estava a lamentar o passado
E temendo o futuro...
De súbito, meu Deus falou:
"MEU NOME É EU SOU".
Ele parou. Esperei. Ele continuou.
"Quando viveres no passado,
Com os seus erros e lamentações,
É difícil, não estou ali.
O Meu nome não é eu era.
Quando viveres no futuro,
Com os seus problemas e temores,
É difícil, eu não estou ali.
O Meu nome não é eu serei.
Quando viveres neste momento,
Não é difícil... Eu estou aqui.
O Meu nome é Eu sou."
 
Helen Mallicoat

Inteligência Espiritual

Inteligência Espiritual não é o mesmo que intuição.
Também não é o mesmo que pensamento positivo.
Tão pouco pode ser confundido com religiosidade. Há pessoas muito religiosas, mas com pouca Inteligência Espiritual e vice-versa.

No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Na década de 90, a descoberta da inteligência emocional (QE) mostrou que não bastava o individuo ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. No novo milênio as descobertas da ciência apontam para a Inteligência Espiritual (QS), responsável pelo significado da existência humana.

Inteligência Espiritual é uma maneira de acessar a realidade buscando um sentido maior e final para todas as coisas. A Inteligência Espiritual nos ajuda a compreender que a análise lógico-racional não consegue dar conta de todas as nossas questões existenciais.

A Inteligência Espiritual é a fonte do bom senso, do equilíbrio, da mansidão, da lucidez profunda.

Segundo a psicóloga e filósofa Danah Zohar que escreveu o livro “QS: Inteligência Espiritual”, publicado pela Record, a Inteligência Espiritual é: a capacidade de ser flexível; grau elevado de auto-conhecimento; capacidade de enfrentar a dor; capacidade de aprender com o sofrimento; capacidade de se inspirar a partir de conceitos e valores; relutância em causar mal aos outros; capacidade para ver conexões entre realidades distintas; tendência para se questionar sobre suas ações e seus desejos; capacidade de ir de encontro as convenções sociais e culturais.

A pessoa que mais representa este tipo de inteligência é Jesus Cristo.

Ele viveu há mais de dois mil anos atrás, e mesmo assim, a sua influência mobiliza dois terços da população mundial.

A maneira como ele viveu, o modo como ele se relacionou com as outras pessoas, como ele se doou para os outros, como ele foi capaz de enxergar a essência de cada ser humano, como ele se orientou por valores tão elevados, dá a Jesus o título de mestre quando o assunto é Inteligência Espiritual.

O desenvolvimento da Inteligência Espiritual é possível e necessária para qualquer pessoa, uma vez que a espiritualidade é uma característica inerente ao ser humano. A ignorância gera a crença mágica, mas a Inteligência Espiritual gera um senso tão profundo de propósito que consegue, aos olhos da racionalidade, acessar a dimensão do impossível e do milagroso.

(fonte: http://mentoriaespiritual.blogspot.com/)
"Entre amigos, sarcasmo é lúdico, ironia, divertida e provocação,
 um jeito de fazer rir".  [Ricardo Gondim] 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia?
Quantos você já não encontra mais?

Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?

Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro